O ouro foi provavelmente o primeiro metal a ser descoberto pelo homem. Aliás, a procura deste metal esteve na origem do aparecimento, desenvolvimento e conquistas das primeiras civilizações conhecidas.
Estudos arqueológicos revelam que no ano de 4000 a.C., o ouro já era trabalhado na Mesopotâmia. Posteriormente, as técnicas de obtenção do metal e manufactura dos objectos foram transmitidas a todas as civilizações do Mediterrâneo Oriental, com realce para a egípcia. As civilizações dos Aztecas e Maias, no continente americano, também conheciam e trabalhavam o ouro, que consideravam um metal precioso.
Na Idade Média, este elemento tinha um papel muito importante como atesta a famosa procura, pelos alquimistas de então, da Pedra Filosofal que converteria qualquer metal em ouro. Indirectamente, esta procura contribuiu para o desenvolvimento da Química, da Medicina e da Metalurgia.
Os únicos compostos de ouro que ocorrem na Natureza são os teluretos, presentes nos minérios calverite (AuTe2), petzite ((AuAg)2Te), silvanite ((AuAg)Te2), etc.
O ouro na forma nativa ocorre no lodo e em depósitos aluviais. Os maiores filões de ouro do mundo, localizam-se na África do Sul onde ocorrem misturados com depósitos de quartzo. Por vezes, o ouro ocorre em pirites e pirrotites, sendo obtido como produto secundário durante a extracção do cobre, prata, chumbo, zinco ou níquel. Embora em quantidades muito pequenas, o ouro também existe na água do mar, estimando-se que nos oceanos e mares de todo o mundo existam cerca de 70 milhões de toneladas deste elemento.
Os maiores produtores de ouro do mundo são a África do Sul, a ex-URSS, o Canadá, os EUA, e a Austrália.